terça-feira, 26 de novembro de 2013

Preços dos imóveis triplicam em 2013

Nos últimos 12 meses, a variação nos preços reais foi de 10,4% em São Paulo, praticamente o triplo do crescimento de 3,2% registrado em 2012
              
Fonte: ZAP Imóveis
          
Nem mesmo a grande oferta de imóveis novos em São Paulo fez os preços praticados no mercado imobiliário paulista caírem em 2013. Pelo contrário.
 
Segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato da habitação), o aumento nos valores da casa própria tem sido três vezes maior em relação a alta anotada ao término de 2012.
 
 
Nos últimos 12 meses, a variação nos preços reais, descontado o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), foi de 10,4% na capital paulista, praticamente o triplo do crescimento de 3,2% registrado no último mês de dezembro ante 2011. Em dez anos, o aumento real já alcançou 44%.
 
Para os profissionais da entidade, a concentração de lançamentos de imóveis de um e quatro dormitórios em bairros centrais da cidade contribuiu para que os preços continuassem subindo no decorrer do ano.
 
“Os preços subiram porque houve uma concentração de lançamentos no chamado centro expandido. Nesta região, os terrenos são mais caros, pois há um maior número de empresas por habitante e uma maior concentração de eixos estruturantes [metrô, por exemplo]. Então, isso tem um grande peso neste aumento”, avaliou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi.
 
Os custos para se construir um apartamento na principal cidade do país também são outra justificativa para o crescimento dos valores dos imóveis residenciais, já que as construtoras repassam todos os gastos a mais para o consumidor.
 

De acordo com pesquisa, o preço médio do metro quadrado por área útil passou de R$ 7,2 mil (em 2012) para R$ 8,2 mil (em 2013) (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
 
De acordo com balanço da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o preço médio do metro quadrado por área útil passou de R$ 7,2 mil (em 2012) para R$ 8,2 mil (em 2013) nos imóveis

“Os preços dos imóveis estão chegando a valores muito elevados e, às vezes, até proibitivos”, completou Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação imobiliária e terrenos urbanos do sindicato.
 
A alta nos preços chegou até a gerar um recorde histórico de VGV (Valor Geral de Vendas) em São Paulo. O VGV comercializado no período de janeiro a setembro de 2013 foi de R$ 14,5 bilhões, o melhor resultado entre os nove primeiros meses desde 2004.
 
A quantia acumulada até o último mês de setembro, inclusive, é o equivalente ao total comercializado em todo o ano de 2012.
 
Ainda segundo o Secovi, nos primeiros nove meses de 2013, foram lançados 21,2 mil imóveis, quantidade 25% maior que o mesmo período do ano passado. A expectativa é de que 33 mil unidades sejam lançadas até o fim do ano, marca acima da média histórica de 31,5 mil na cidade.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Novo IPTU pode gerar alta nos aluguéis em SP

De acordo com o Creci, imóveis com aluguel mensal de até R$ 1 mil representam 59,92% do total de novos contratos
              
Fonte: ZAP Imóveis            

O aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), barrado pela Justiça apesar da aprovação na Câmara dos Vereadores de São Paulo e sanção do prefeito Fernando Haddad, pode mexer no mercado de locação da capital paulista.
 
O aumento do imposto de até 20% para imóveis residenciais e de até 35% dos comerciais e industriais pode gerar um aumento até nos valores dos aluguéis novos na cidade.
 

Os aluguéis caíram 13,95% em agosto em relação a julho, ainda segundo o Creci (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
 
Segundo o Creci-SP (conselho dos corretores), independentemente do reajuste da PGV (Planta Genérica de Valores), que funciona como base de cálculo para o IPTU, o novo imposto irá impactar não somente no valor de venda dos imóveis, mas também nos novos contratos de aluguel.
 
“Qualquer reajuste, no valor do imposto ou na PGV, impacta negativamente em qualquer contrato para uma das partes”, afirmou ao José Augusto Viana Neto, presidente do Creci, ao jornal Destak.
 
De acordo com o último levantamento do conselho, imóveis com aluguel mensal de até R$ 1 mil representaram 59,92% do total de novos contratos formalizados pelas imobiliárias consultadas no mês de agosto.
 
Neste período, os novos inquilinos optaram preferencialmente pelas casas – foram 57,28% do total. Já os apartamentos somaram 42,72%.
Apesar disso, os aluguéis caíram 13,95% em agosto em relação a julho, ainda segundo o Creci. A queda no número de novas locações ocorreu em três das quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa: Interior (- 11,26%), e nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (- 44,87%), que formam a Grande São Paulo.
 
Já Capital registrou retração de 1,99%, enquanto no Litoral houve aumento de 10,07% no mesmo intervalo de comparação.
 
A prefeitura de São Paulo ainda deve recorrer da decisão judicial.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

São Paulo e Rio puxam vendas de imóveis no 1º semestre no Brasil


Duas capitais registraram altas de 39% e 8%, respectivamente, e aumentaram a suas participações no mercado imobiliário em 2013
A venda de imóveis residenciais novos cresceu 13% no primeiro semestre, em nove estados do Brasil, na comparação com igual período do ano passado, segundo levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo).
De janeiro a junho de 2013, em todo o território brasileiro, foram comercializadas 54,2 mil unidades ante 48 mil no ano anterior.

Somente em São Paulo foram comercializadas 28,7 mil unidades no período de janeiro a junho de 2013 (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
O resultado foi puxado pelos números da região metropolitana de São Paulo e do município do Rio de Janeiro, nos quais as altas nos negócios foram de 39% e 8%, respectivamente.
Com isso, a participação dessas duas capitais no mercado imobiliário aumentou de 51% para 61% neste ano. Só em São Paulo foram comercializadas 28,7 mil unidades no período.
A pesquisa mostra, porém, que em sete outros Estados o movimento foi contrário e as vendas caíram. A maior queda ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (CE), onde foram vendidas 900 unidades a menos do que em 2012, uma redução de 32%.
Em seguida, apareceu Belo Horizonte (MG), com queda de 16% nas vendas, enquanto as regiões metropolitanas de Goiânia (GO) e do Recife (PE) tiveram retração de 9%.
Porto Alegre e a região metropolitana de João Pessoa (PB) tiveram recuos menores, com 4% e 5%, respectivamente. Já em Salvador e região, como Lauro Freitas, Camaçari e Feira de Santana, mostraram decréscimo de 3% nas vendas de imóveis novos.
O levantamento mostra ainda que houve avanço de 9% no número de unidades residenciais lançadas de janeiro a junho. Foram 3,9 mil unidades a mais este ano, passando de 41,6 mil, em 2012, para 45,5 mil.