segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Veja quatro formas de driblar os preços elevados dos imóveis
 
 
 
SÃO PAULO – Com a forte valorização dos imóveis na última década, o sonho de ter uma casa própria que caiba no orçamento se torna uma tarefa que exige dedicação. De acordo com o Índice Fipe/Zap, em São Paulo, por exemplo, entre fevereiro de 2008 e julho de 2012, a valorização no m² acumulou 144,1%. No Brasil, no último ano, o crescimento foi de 17,1%.
 
Ainda que os atuais valores desanimem muita gente, existem diversas opções de imóveis que podem sair mais baratos – ainda que alguns cuidados sejam necessários. Veja a seguir algumas opções:
 

Na Planta

Para o vice-presidente de habitação econômica do Secovi-SP, Flávio Prando, os imóveis ainda na planta “são a melhor opção para quem quer economizar, pois a propriedade valoriza durante o tempo de construção e existe a possibilidade de fazer um financiamento que cubra até 85% do seu valor”. Com o imóvel na planta é possível decorá-lo do seu jeito e escolher, no caso de apartamentos, o andar, face norte ou sul (quantidade de incidência de luz solar ao longo do ano) e a quantidade de vagas.
 
Mas fique de olho no contrato e no tempo previsto para a entrega do imóvel, já que muita gente tem tido problema com essas cláusulas. Em caso de atraso ou defeito no imóvel, o responsável é a incorporadora. Também analise com cuidado as promessas de valorização futura do imóvel. Com os preços hoje em patamares elevados, as perspectivas de novas altas diminuem.
 

Imóveis usados

Os imóveis usados, além de serem mais baratos do que os novos (valor que varia de acordo com as condições do imóvel), possibilitam a negociação com o proprietário, que dependendo dos motivos da venda, pode aceitar um valor menor do que o esperado.
 
Porém, é preciso ficar atento com o estado de conservação da propriedade, pois, normalmente, é necessário fazer alguns consertos que podem sair caro. Verifique as instalações elétricas e hidráulicas, rachaduras e infiltrações. Reformas também são comuns quando se trata de imóveis usados, pois eles não costumam ser do jeito que o comprador deseja. Nesses casos, faça as contas do que precisa de conserto e do que necessita ser reformado e inclua no seu orçamento.
 

Feirão

A vantagem dos feirões de imóveis é que, além de os proprietários oferecerem descontos, você pode realizar o processo de aquisição num único lugar, pois lá estarão imobiliárias, cartórios e responsáveis por análise e liberação de créditos.
 
Caso esteja interessado em adquirir uma casa em feirão, compare os preços e pesquise as taxas de juros, que mudam conforme o valor do imóvel e do financiamento. A diretora comercial da Imobiliária Lello, Roseli Hernandes, afirma que os feirões são ótimas oportunidades. “Em um feirão que realizamos, os proprietários ofereceram até 30% de desconto”, afirmou.
 
Com a redução na velocidade de vendas, as próprias incorporadoras também têm realizado feirões mais constantes. Em geral, os imóveis colocados à venda com os maiores descontos são aqueles mais difíceis de vender – como apartamentos no primeiro andar.
 

Leilão

Nos leilões é possível encontrar imóveis um pouco mais baratos. Mas é preciso tomar cuidado, pois muitos ainda estão ocupados, e a compra pode virar uma briga judicial. Faça uma visita antecipada ao local para averiguar o estado de conservação da propriedade, as condições de venda, formas de pagamento, levantamento de dívidas, comissão do leiloeiro, impostos e modelo de contrato. Se não for possível visitar o imóvel porque o atual ocupante não deixa, é melhor desistir. Também tome muito cuidado para não se empolgar no dia do leilão e fazer propostas acima do razoável apenas para não perder uma oportunidade. Os bancos e a Justiça estão sempre realizando leilões de imóveis retomados. Então não é preciso fazer loucuras.
 

Cuidados principais

Mesmo aqueles que não querem economizar na compra de um imóvel devem tomar alguns cuidados. O comprador precisa saber de quanto é seu orçamento e se é possível acrescentar na planilha de gastos, mais essa conta. Na opinião do educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, “tudo começa com uma análise do seu padrão de vida para saber qual é o valor que cabe no seu bolso e o quanto você está disposto a investir”.
 
Além disso, lembra, é preciso analisar o custo de vida no novo local, pois, caso o comprador esteja querendo se mudar para um bairro ou cidade com infraestrutura melhor, o custo de vida pode subir de 20% a 30%, se for levado em contra transporte, segurança, preço dos supermercados e drogarias.
 
Depois de analisar o orçamento e decidir o quanto está disposto a gastar, é preciso pesquisar e conhecer muitos locais. Para Roseli Hernandes, “é importante buscar uma imobiliária especializada na região em que você deseja adquirir o imóvel, pois ela vai te ajudar a encontrar o local que melhor se encaixa com o seu perfil”.
Apartamento tem área igual a 50 casas populares e vale R$ 22 milhões


Fonte: O Estado de S. Paulo

São 12 vagas à disposição na garagem, além de um terraço com piscina de 15 metros quadrados. Lançado em 2006, o empreendimento Adolpho Carlos Lindenberg ainda não conseguiu vender quatro de seus doze andares, incluindo o maior deles, avaliado em R$ 22,3 milhões.
 
Construído para ser um marco de SP, imóvel coleciona extravagâncias (Fotos: Divulgação)
 
A planta chega a quase dois mil metros quadrados de área útil, o equivalente a cerca de 50 apartamentos do programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”. No imóvel de laje única de maior metragem da cidade de São Paulo, apenas a suíte principal ocupa 230 metros quadrados, espaço superior a apartamentos de classe média.
 
Construído para ser um marco da capital paulista, o imóvel coleciona inúmeras extravagâncias. Além do tamanho faraônico, possui tratamento acústico das áreas privativas, sistema central de aspiração de ar e travas biométricas nos elevadores. As seis suítes ainda dividem espaço com uma sala de cinema.
 
Empreendimento Adolpho Lindenberg tem terraço com piscina de 15 m²
 
O prédio, contudo, está localizado em uma rua fechada do Morumbi, bairro que teve a menor valorização dentre os cinco mais caros da cidade, segundo levantamento da FipeZap. De janeiro de 2008 a dezembro de 2011, o metro quadrado da região subiu 71%, ante 165% do Jardim Paulistano, por exemplo.
 
Living do apartamento de 2 mil m²
 
 
A alta no preço do imóvel também ficou aquém da média do mercado. Em 2006, o metro quadrado era vendido por R$ 5.500, enquanto hoje a média está em R$ 11.240, segundo o banco de dados do site 123i, referência no setor. A construtora Adolpho Lindenberg admite, porém, que as negociações estão girando atualmente em R$ 8 mil. Na Vila Nova Conceição, hoje o bairro mais nobre da capital, apartamentos de alto luxo chegaram a se valorizar 160% no mesmo período.
 
O público deste tipo de empreendimento está em busca de três coisas fundamentais: localização, objeto de desejo e bom investimento. Este último quesito, portanto, deixou a desejar. Mas essa não é uma constante no mercado de altíssimo padrão. Aliás, pelo contrário. A perspectiva de bons lucros voltou a atrair empresas para esse seleto nicho.
 
“O setor ficou carente desse tipo de produto nos últimos anos, mas agora há outro movimento. Com o juro em queda e a Bolsa em baixa, o imóvel passa a ter grande importância como fonte de renda e patrimônio”, afirma Roberto Coelho da Fonseca, diretor de novos negócios da imobiliária Coelho da Fonseca.
 
A empresa, que desde 1989 possui um departamento de private brokers, tem bons motivos para estar otimista. No ano passado, vendeu em um único final de semana as 14 unidades do empreendimento Vitra, no Itaim Bibi, por até R$ 15 mil o metro quadrado. O prédio, que deve ser entregue em 2013, é revestido de vidro e leva a assinatura do arquiteto Daniel Libeskind, responsável pela revitalização do Marco Zero, em Nova York.
 
“Esse é um tipo de negócio para especialistas. Tem que saber exatamente o tamanho do apartamento, a localização e o tipo de público”, alerta Marcos Goggi, diretor-presidente da imobiliária Vnc Pronto, responsável por um dos prédios mais caros da cidade de São Paulo. Localizado na Vila Nova Conceição, o L’ Essence Vnc tem 726 metros quadrados, vendidos em média por R$ 29.500.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Imóveis encalhados freiam alta dos preços
 
por Guilherme Yoshida
 
Embora o setor imobiliário tenha conseguido reduzir a quantidade do seu estoque nos últimos meses, os imóveis encalhados podem ainda contribuir para quem está no momento da compra da casa própria.
 
Isso porque as empresas, com o objetivo de fazer essa “desova”, se viram obrigadas a privilegiar a venda dos estoques, o que tem causado uma diminuição da alta nos valores das propriedades.
 
“Os preços ainda sofrerão aumento, mas não crescerão na velocidade que já ocorreu. Em contrapartida, também não vamos chegar a ver uma queda porque vivemos sob um regime de inflação”, alerta João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo Imobiliário da Escola Politécnica da USP.
 
Para os especialistas, o aumento das promoções nas vendas (que serviria para estimular a compra dos estoques) e a redução no número de lançamentos é apenas um reflexo do mercado à realidade de demanda.
 
Estoques podem contribuir para os valores não sofrerem grandes reajustes (Fotos:Divulgação)
 
Segundo o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, o volume dos imóveis encalhados tem caído constantemente mesmo com o desaquecimento da economia.
 
“Para a indústria, nunca é bom acumular reserva. É preciso pagar condomínio, manutenção, além de o imóvel se deteriorar com o passar do tempo. Porém, atualmente, temos cerca de 14.000 unidades estocadas em São Paulo. É um volume historicamente normal”, aponta.
 
Para melhorar esse cenário, os profissionais do ramo apontam que, além do crédito farto e dos longos prazos de pagamento, o governo poderia também reduzir os impostos sobre os investimentos produtivos para incentivar a industrialização do setor.
 
“O entrave está na produtividade das empresas”, explica Emílio Fugazza, diretor financeiro e de relações com investidores da Eztec.
 
A empresa destoa do mercado imobiliário em geral e acumula atualmente “apenas” 1.644 unidades de estoque.
 
“Mas vale a pena fazer uma promoção para acabar com esse pouco que sobrou”, finaliza Fugazza.
Porteiro é essencial na segurança dos condomínios, diz especialista
 
Fonte: ZAP Imóveis
 
 
Antigamente, apenas condomínios de luxo sofriam com os assaltos. Porém, hoje em dia, não há mais um perfil exato dos edifícios para ser o alvo dos chamados arrastões.
 
E, com este cenário, a função do porteiro ganhou uma importância muito maior do que apenas fazer o controle de acesso no local. Por isso, ter funcionários capacitados neste cargo é parte fundamental no processo de se afastar o perigo dos moradores.
 
Portaria é a peça-chave na segurança de um condomínio (Foto: Divulgação)
 
Segundo o diretor operacional da GS Terceirização, Jorge Margueiro, todo porteiro é a peça-chave e o primeiro na estrutura de segurança preventiva de um condomínio.
 
“Primeiramente ele deve instruir que todo prédio deva ter regras claras de controle de acesso e sensibilizar moradores e funcionários da importância de segui-las”, aponta o especialista.
 
Para ele, todo condomínio que deseja manter a segurança também precisa da implantação de um projeto específico, que inclui avaliação da estrutura física, equipamentos, monitoramento 24 horas, além de barreira perimetral, sensores infravermelhos, luzes de presença, sistemas de comunicação, entre outros.
 
“Para tanto, os condôminos devem avisar o porteiro e, caso ele veja que não há nada agendado, não deve permitir a passagem [do visitante]“, afirma.
 
Margueiro acrescenta ainda que os condôminos estejam atentos aos próprios vizinhos, que “vigiem uns aos outros” para qualquer movimentação suspeita, além de observar se a portaria e os funcionários em geral obedecem às normas de segurança corretamente.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Confira o que deve haver em seu contrato na hora de alugar um imóvel

Fonte: ZAP Imóveis


Contrato de aluguel precisa conter local onde os pagamentos serão realizados (Fotos: Divulgação)

Achar o imóvel perfeito para você e sua família pode dar trabalho, mas a procura vale a pena quando você encontra a casa ou apartamento certo. Quem aluga uma propriedade precisa lidar com algumas medidas burocráticas, portanto é preciso ficar atento. Confira 10 itens que devem constar no contrato de locação, de acordo com o Procon de São Paulo:

1. Nome, endereço e qualificação do proprietário do imóvel e locatário;

2. Se houver fiador, os dados relativos a ele também devem constar;

3. Endereço e descrição do imóvel;

4. Valor do aluguel e o índice do reajuste, que deverá ser anual;

5. Local onde os pagamentos deverão ser realizados;

6. Tipo de garantia da locação, que pode ser fiança, caução ou seguro fiança;

Descrição do imóvel deve constar no contrato

7. Identificação de todas as despesas que ficarão a cargo do locatário, como IPTU, taxas e prêmios de seguro contra fogo;

8. Destinação do imóvel, no caso de casas e APARTAMENTOS residenciais;

9. Período de vigência do contrato;

10. Termo de vistoria, que deve constar as condições do imóvel. A vistoria deve ser feita antes da entrada no imóvel e após a saída do locatário.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ações contra inadimplentes em condomínios crescem 28%

Fonte: ZAP Imóveis

Em julho, foram 996 ações movidas no Fórum de São Paulo (Foto: Divulgação)

Assim como tem acontecido na maioria dos meses do ano, o volume dos processos contra os devedores em condomínios voltaram a crescer em julho.
Segundo levantamento do Grupo Hubert baseado nos dados do Fórum de São Paulo, as ações contra a inadimplência subiram 28,19% em relação ao sexto mês do ano. Em números absolutos, foram 996 registros contra 777 em junho.
A alta acompanhou a tendência apresentada em 2012. Até agora, apenas abril e junho apresentaram quedas – 55,3% e 23,67%, respectivamente.
Já no acumulado do ano (6.310 registros), o crescimento atingiu 11,96% em relação ao mesmo período de 2011 (5.636 ações).
Para Hubert Gebara, diretor da empresa que realizou a pesquisa, o resultado acompanha também o aumento da inadimplência em outros setores da economia. “Síndicos precisam continuar reforçando a cobrança”, apontou.
O aumento das ações contra os atrasos no pagamento, no entanto, diferencia-se do histórico recente da análise ano a ano. Desde 2006, o número de processos tem caído significativamente.
Em 2009, aconteceram 11,4 mil registros, enquanto no ano passado, o declínio chegou a ser de 15,76% em comparação a 2010. A exceção do período foi a leve alta de 3,05% anotada há dois anos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Habite-se pode ser feito através da internet

Fonte: ZAP Imóveis


A partir desta última segunda-feira (16), tornou-se possível fazer o certificado de conclusão de obras, o Habite-se, eletronicamente. A ideia é oferecer mais transparência e agilidade na aprovação das obras, segundo afirmou o prefeito Gilberto Kassab em visita ao Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Estimativa é de que o procedimento não demore mais do que cinco dias para ser realizado (Foto: Divulgação)

O processo do Habite-se através da internet será centralizado na Secretaria das Subprefeituras, mas as demais secretarias envolvidas contarão com núcleos para informar se todas as exigências foram cumpridas. O responsável pelo órgão de Supervisão Geral de Uso e Ocupação de Solo (Sguos), Alfonso Orlandi Neto, estima que o procedimento não demore mais do que cinco dias para ser realizado.